sexta-feira, 17 de maio de 2013

Capítulo 2 - É Hoje que eu Tiro o meu Bv !

Contentando-se com a situação de estar na casa de um estranho, rodeada de três estranhos, numa cozinha estranha. É estranho. Estranho é. Mais não impossível. Eu preferia estar agora, fugindo de um ladrão, do que estar aqui. Sai de baixo da mesa com cara séria, ajeitei minha roupa e fiz pose de mulher honrada. Sendo que, eu não sou honrada. - Quem é essa ai?! - Um garoto dos olhos lindos perguntou. Não se preocupe senhor gostosão, você pode me pegar mais tarde. - Essa aqui é... - Justin pensava numa inútil desculpa. - MINHA PRIMA! - PRIMA? Sinceramente as vezes sorrir e a melhor escapatória de não esfregar certas caras em um asfalto, mais ele tá pedindo, eu vou dar um mero desconto porque ele me ajudou depois de ter me atropelado. Oh inferno! Eu tô com fome e fedendo a atum. - Sua prima fede. - O tal de Sterling disse. Encarei-o da pior maneira e forma existente nesse mundo, tirei meu tênis e em seguida minha meia amarela, bom, ela era branca mais depois de tanto uso e mal lavagem ela acabou ficando amarela, sem contar os três furinhos nela. Mentira são cinco furos! - Eu sou fedorenta? - Perguntei sínica e me aproximei dele, ele apenas encarou a meia na minha mão. Isso mesmo. Com impulso e velocidade soquei minha meia inteirinha na boca dele, foi tão profundo que eu acho que ele engoliu. Ele se ajoelhou e ficou de quatro com as mãos na garganta, o coitado chorava, estava completamente vermelho e implorando por ajuda. Deixa morrer! - STERLING! - Justin correu até ele. - CHIRSTIAN AJUDA? - Christian, gostosão! - CALMA! - Christian puxou Sterling por trás e ficou presionando a barriga dele. Pra quê isso? Vá saber! Minha meia estava entalada na garganta dele. - EU QUERO MINHA MEIA DE VOLTA! - Gritei indignada, ele pensa que é barato meia hoje em dia né? Eu sou pobre e tenho que economizar minhas moedas para o sorvete de vinda da escola, porque o dinheiro do lanche e roubado todo dia. Justin deu um soco no estômago de Sterling e Christian o soltou, ele se chocou com o chão e suspirou. - Ele tá legal? - Christian perguntou curioso. - Sterling? - Justin o chamou. - Ele morreu. - Falei sem importância. - Cuidado, geralmente os mortos ganham vida e grudam nas canelas de quem estar por perto. - Falei rindo, enquanto sentia algo grudar em minha canela. - AAAAAAAH! - Gritei enquanto ele se colocava de pé. - EU QUASE MORRI AO ENGOLIR SUA MEIA! - VOCÊ ENGOLIU? - ENGOLI. - POIS PODE ME DEVOLVER! - ACHO QUE VOCÊ NÃO VAI MAIS QUERER ELA! - Chega! - Pediu Justin. - Prima Carly. - Disse forçado. - E melhor eu te levar logo para casa. - E, é melhor mesmo. - Calcei meu tênis sem meia mesmo, o fedor do meu chulé reinou por aqui. Argh! Como eu sou porca. Mais isso ai e fato. Justin puxou meu braço me tirando da cozinha. - Ok, quer parar de me arrastar? Eu tenho pernas! - Reclamei, mais ele ignorou e continuou me arrastando como se eu fosse um pedaço de trapo. Embora, eu seja isso mesmo. - CALA A BOCA! Sterling quase morreu por sua causa! - Olhe pelo lado bom, ele nem vai precisar jantar. Eu posso jantar por ele. - Neste exato momento já estavámos na garagem. - Você e maluca! - Diga oi pra sociedade dos idiotas. - Acenei enquanto ele soltava minha mão e pegava uma chave. - E, por que você disse que era meu primo? Já que tava mentindo por que não falou que era meu pai logo de uma vez? Assim você me banca mais facilmente. Aliás, eu preciso de tênis novos. - E apontei para meus sofridos tênis velhos. - Não tem dinheiro não? - Perguntou enquanto abria a porta do carona pra mim. - Não. Caso não tenha sacado, sou pobre. Porém honrada. - Você é pobre? - Isso e por acaso proibido?! ME PRENDA SE ISSO FOR PROIBIDO. MEU DEUS EU VIOLEI UMA LEI POR SER POBRE. Babaca! - Entrei dentro do carro, ele se apoiou nele e me encarou. - Não entendi por que se jogou na frente do carro. - Eu tava bailando, não percebeu? Fui rodopiar e tomei no cú. Agora me leve em casa que esse atum vencido tá me corroendo a alma. - Bati a porta sem pedir ao menos licença, ele berrou. Mais, por que ele berrou? - ABRE! - Abrir o quê? - Tava rindo da histéria dele. - ABRE A PORTA! - Não quero. - Fiz bico enquanto ele ficava roxo, vermelho, verde, amarelo... Depois de 2 minutos que eu percebi que seus miseros dedos haviam sido presos com a porta. - Ah, isso! - Falei calma e abri a porta, usei o pé para abrir de uma vez, o que acabou lançando ele na parede, ele bateu em um armário e uma lata de tinta lá do topo, balançou e voou na sua cabeça. Tinta verde, só pra justificar. Eu comecei a rir, enquanto ele tirava a lata de sua cabeça e me encarava como se ele fosse o leão e eu fosse uma zebra. - AH, E O FIM DA PICADA! - Ele se colocou de pé começou a andar rapidamente até o carro e entrou, o banco estava verde assim como ele, ele deu a partida e eu (ainda rindo) fechei a porta. - Ok Shrek, vamos porque eu quero tomar banho! - Você quer tomar banho? - Perguntou ele sínico após sairmos de sua casa. Casa-mansão. Me cheirei e fiz cara de enojada. - Bom, isso tá bem na cara. - Quase vomitei ao me cheirar. - Argh, eu tô fedendo. - E fez meu amigo engolir uma meia velha só porque ele havia dito isso! - Esquece isso. - Esquecer? Ele quase morreu! - Você disse quase. Tecnicamente ele ainda tá vivo. Ele poderia ter morrido, mais não morreu. Ele ainda tem muito pra viver e muitas pepecas pra encontrar sacomé? Agora acelera e vira aquela rua ali tá? - Eu espero nunca mais ter a desgraça de te ver novamente! - Relaxa, quando eu te ver na rua eu vou atravessá-la pra não ter que cruzar com sua cara de Barbie Girl! - Me chamou de Barbie seu projeto de Fiona? - Ah valeu. Fiona e uma princesa. - Falei me gabando. - E, mais eu estou te justificando como a Fiona ogra. E, até que dar certo com essa sua carniça! - HEY? Eu atravessei a rua dentro de uma lata de lixo! - Que radical! - Falou ele rolando os olhos e eu tive vontade de socá-lo. - Vira ali. - Apontei ele virou ao bufar. - Bom, chegamos. - Ele parou ao lado de um lago, mas, minha casa fica lá no caralho de asa. - Chegamos não! Você nem sabe onde eu moro Barbie Girl! - Adorei chamá-lo assim. Ele me encarou e tirou um pouco de tinta do rosto. - VOCÊ NÃO DISSE QUE QUERIA BANHAR? - Ele abriu a porta e desceu, deu a volta do carro e abriu a porta do carona e me pegou no colo correndo para o lago, comecei a bater nele na tentativa inútil de me soltar. - ME SOLTA! - TE SOLTAR? OK! - Ele me jogou dentro do lago, eu quase afoguei, voltei rapidamente para a superfície e lá estava ele rindo da minha cara. - PRONTO, AGORA BANHE! - Ele entrou em seu carro, olhou pra mim e ergueu o dedo do meio, eu tava passando o maior mico do século. - ESCREVA O QUE EU TÔ DIZENDO BARBIE, QUANDO EU TE ENCONTRAR EU VOU TE MATAR! - Eu estapeava a água. - ISSO SE EU NÃO TE ENCONTRAR PRIMEIRO FIONA! - Riu ele e saiu rapidamente dali, nem pra bater o carro em um poste! Sai de dentro do lago resmungando, comecei a andar na rua enquanto todo mundo fazia questão de rir de mim, eu chutava tudo que eu via em minha frente, principalmente canelas. Eu não tava nem me importando, apesar de ter corrido de uns quatro velhos de bengala e ter levado bolsada de uma velha com olho de vidro. Cheguei no ponto de ônibus e sentei lá. O que eu tô fazendo aqui? Não tenho nem 5 centavos, vou ter dinheiro para pagar ônibus? Mais calma, Deus vai me ajudar. Assim que eu sentei o pessoal que tava aqui se levantou e foram para outro ponto de ônibus. Eu tô fedendo tanto assim? O ônibus estava se aproximando, pulei do banco ao vê-lo, ele parou e abriu as portas eu entrei e o motorista me encarou. - Eu pago na descida. - Falei tremendo, ele assentiu, corri pro fundão e sentei lá. O ônibus se movimentou. Quando estava perto da minha casa eu mordi os lábios com o que eu estava prestes a fazer, abri a janela, e disfarçadamente passei por ela, indo parar no teto do ônibus, mal estava me segurando o vento era muito forte, tentava me segurar mais era quase impossível. EU VOU MORRER! Tentei manter a calma, quando o ônibus deu a volta no quarteirão eu não consegui me manter ali no teto dele e voei, pra minha sorte eu cai dentro de um caminhão de areia, respirei fundo de alívio. Eu não falei que Deus tava do meu lado? O caminhão parou, o que me deixou curiosa, quando fui me levantar a caçamba se ergueu derrubando a areia no chão me levando junto, acabei me afogando na areia, tava sufocada, sai rastejando dali até ganhar ar. Me levantei e sai correndo antes que o portão do lugar onde eu vim parar fechasse. Assim que passei por ele comecei a dançar Harlem Shake. Comecei a caminhar lentamente para casa, assim que cheguei corri pro banheiro. Passei duas horas tomando banho, a conta da luz e água vai ser o olho da cara, não apenas o olho, mais a cara inteira. Após meu banho, sai do banheiro e coloquei minha camisola e me joguei na cama e relaxei. - Hora de dormir! - Fechei os olhos e meu despertador urrou. - Hora de levantar. - Sentei na cama com cara de coelho drogado quando minha mãe abriu a porta. - Já tomou banho filha? - Uhum. - DESGRAÇA EU QUERO DORMIR! - Vem tomar café. - Mãe, eu não quero ir pra escola. - Isso não é questão de querer. Você já reprovou 4 vezes. Não quero nem sonhar na quinta vez. Isso no seu cabelo e areia? - FAZ BEM PARA OS CABELOS, ELES FICAM SEDOSOS! - Gritei de imediato e ela arqueou uma sobrancelha. - Seja como for, ande logo. Antes que acabe perdendo o ônibus novamente. - E saiu do quarto. Apertei meus cabelos com tanta força que senti doerem na alma. Me levantei mantendo a mínima calma que me invadia e fui me arrumar pra escola, peguei minha mochila e olhei para Floide que soltava aquelas bolhas irritantes, mais esse era o sinal que ele me dava de sua existência, com aquela água negra, como eu vou saber se ele tá vivio ou não? Coloquei a comida dele e sai do quarto. - Mãe, tô indo! - Informei ao abrir a porta. - ESPERA! - Ela correu até mim e me entregou 20 reais. O QUE EU QUERO COM 20 REAIS? COMPRAR CADERNO? - Mãe? - Encarei os 20 reais que ela me entregou. - Pague o ônibus que pegar, o troco compre de lanche. - E, vou comprar de lanche para as patricinhas mal comidas roubarem né? - E, fui-me. - Sai de casa e coloquei aqueles 20 reais dentro de minha blusa, comecei a andar sonolenta pela rua, tava dormindo em pé, até que o ônibus passou do meu lado.. O ÔNIBUS? - PARA O ÔNIBUS! - Comecei a correr atrás do ônibus como se a minha vida dependesse daquilo. - PARA A PORRA DO ÔNIBUS! CARALHO PARA ESSA MERDA! - O ônibus parou e eu fundei minha cara na lataria dele. Cú. Me levantei do chão com a mão na testa e caminhei até a porta. Ele abriu e sorriu ao me ver. Subi e quando fui para um banco para me sentar ele me barrou. - Então, pague. - Quanto é? - Perguntei. Eu podia ter pegado o ônibus escolar! - 20 reais! - ADEUS DINHEIRO! Enfiei as mãos dentro da blusa mais não senti a nota lá, comecei a procurar e nada. Olhei pela janela e avistei a nota voando. - Eu vou á pé. - Desisti de ir no ônibus, também, sem dinheiro, quem vai? Desci do ônibus e corri atrás de minha nota, ela foi bailar no meio da rua, corri até ela e grudei no rabo dela. Se é que nota de 20 reais tem rabo. - EU SOU DEMAIS! ARRÃ! ARRÃ! ARRÃ! ARRÃ! - Fiz uma dacinha e avistei um carro prestes a me amassar, mais o cara lá freou bem na hora. Ufa! - HEY, PRIMA DO JUSTIN! - Prima dele? Prefiro contar pintinhas de um Dálmata! - EU NÃO SOU PRIMA DELE! - Escondi minha nota dentro de minhas calças, quero ver ele tentar roubar-me. Espera... É o Sterling!!!! - O QUE TÁ FAZENDO AQUI NO CÚ DO MUNDO? - Eu moro aqui perto. - E POBRE? - Não. - Ele colocou o carro do canto da pista e eu fui até ele. - Eu tenho que usar essa rua pra ir pra escola. E o caminho mais curto. - Pra ir pra escola, eu adoraria pegar o caminho mais longo. - Sorri. - Perdeu o ônibus? - Não, ele que me perdeu. Me leva? - OUSADIA E ALEGRIA! - Caí pra dentro. - Corri para dentro do carro e bati a porta. Vou chegar na escola com estilo! Oh Happy Day! Ele deu a partida e saímos dali. - Então Carly, você é a melhor amiga da Demi? - Sim. Vou até fazer uma tatuagem com o nome dela. - Hm, legal. - Desculpe por ter feito você engolir a minha meia. - Tudo bem. - Ele sorriu, decidi então mudar de assunto já que eu tava desculpada. - Eu não me lembro da Demi ter dado uns pega em tu não brô. - Ela estava em Paris. Nos conhecemos lá. Mais ai ela voltou pra cá e eu fiquei lá entende? - Assenti apenas. - Então, ela começou um relacionamento com um moreno e eu tô na seca. - Sabia que sou conhecida como "água"? - Ele riu. - Legal. - Você já me disse essa palavra hoje. - Eu sei, e tô dizendo de novo. - Demi tá feliz com o Joe. Eu também tô na seca, sabia? - Que pena. - E. - Homens! Chegamos na escola, Sterling estacionou o carro dele e olhou pra mim. - Não sabia que estudava aqui. - Você quase não tem tempo de reparar as pessoas em sua volta. Tá sempre correndo. - FUGINDO e a palavra correta. - E, pois é. - Christian também estuda aqui. - Meus olhos brilharam. - E Justin também. - AQUELE LOIRO ENTUPIDO DE IRONIA ESTUDA AQUI?! - Ele começou semana passada. Não me diga que nunca ó viu? - Como você mesmo disse, eu vivo correndo. - FUGINDO! - Bom, vamos descer. Assim que descemos eu trelei nele, andava quase me esfregando nele feito uma macaca no cio. Ele estranhou. - Pode ir pra sua galera. - Tá, ok. - Ele se afastou, fiquei ali quieta. EU JURAVA QUE IA ROLAR. Véio que cú. Fiquei ali parada até ser arrastada pela Selena e sua gangue, elas me levaram para meu armário. - Dinheiro? - Selena, não sou sua mãe e muito menos tenho cara de banco! - Vai pensar no que me disse. - E me prendeu dentro do armário, comecei a gritar, mais como estava morrendo de sono, dormi. [...] SELADORRRRRRRR FILHO DA PUTAAAAA!!! Cá estou eu, presa dentro do armário, ouvi barulhos de assovios, olhei pela aberturinha do armário um cabelo loiro se aproximando. Seria o Sterling? E HOJE QUE EU TIRO O MEU BV! Comecei a bater no armário para chamar a atenção dele. - ME TIRE DAQUI! CARALHO AAAAAAAAAAAH! - Ouvi barulhos no armário mais continuei batendo até eu voar pra fora caindo em cima do loiro e indo parar dentro da dispensa que irônicamente fica em frente meu armário, tava escuro beleza, tudo bem. - Aiiii, qual o seu problema hein? - Reclamou ele, e acendeu a luz. Quando eu vi que não era o Christian, que não era o Sterling, me senti numa jaula de leão. - SOCORROOOOOOOOO! - Foi o que eu gritei ao grudar na porta e tentar abrir ela, sem contar que com meu desespero a maçaneta filha da puta veio parar na minha mão. 3 Comentarios para o procimo capitulo bj j

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