sábado, 1 de junho de 2013

Capítulo 10 - Você e sua incapacidade de me pedir desculpas

Minha garganta coçou, senti meu corpo doer tanto que acho que quebrei todos os meus ossos e eles viraram pó líquido dentro de minha carne mofada, senti um peso terrível em cima de mim, talvez seja a consciência pesada por ter rolado uma colina com um projeto mal fabricado de Ken, levantei a cabeça um pouco e meu olhar foi diretamente para a cabeça de Justin, que estava um pouco á baixo de meu umbigo, danger, danger, danger! Sua mão esquerda estava na minha barriga, aquilo me provocou arrepios esplendidamente estranhos, sua outra mão estava na minha coxa, tarado! Bati devagar na cabeça dele para ver se ele estava vivo, ou se bateu as botas, ele levantou a cabeça, encostando seu queixo no meu umbigo e me olhou com aquele olhar... Ah, aquele olhar que eu detesto tanto!

- Oi? - Acenei sem graça, acho que ele já deve ter entendido que eu estava desejando que ele saísse de cima de mim.

- Tem uma galha no seu cabelo. - Ele falou encarando meu cabelo, eu me remexi um pouco tentando jogá-lo pro lado, mais ele não saiu de cima de mim.

- Eu sei, no seu também tem. - Rosnei baixinho. - Pode sair de cima de mim? Aliás, saí de cima de mim logo!

Ele sorriu largo, um sorriso de mostrar todos os seus dentes perfeitos, encarei-o esperando que ele saísse de cima de mim, ele entendeu meu olhar e tratou logo de levantar e por pura provocação passeou seus dedos em minha pele branca e pálida, aquilo me fez tremer pior do que ele quando fugimos daqueles gatinhos pagadores de ladrões, ele se levantou e ajeitou sua roupa, que nesse estado, estava mais do que amassada. Peguei minha câmera que estava em meu lado e estendi pra ele.

- Pega por favor. - Pedi entredentes, estava meio irritada. Ele rolou os olhos e tomou a câmera de minha mão quase me levando junto.

- Anda logo. - Reclamou ele. - Vamos voltar pro acampamento.

- Eu não mandei que me seguisse. - Retruquei me divertido com sua careta.

- Levanta logo daí caramba! - Ele faltou me engolir, bom, acho que um urso vai tratar de fazer isso se não sairmos logo daqui. Estiquei minhas duas mãos e fiz cara de pidona.

- Me ajuda a levantar? - Fiz biquinho, na tentativa de sucesso com as palavras, ele me encarou por alguns segundos e esticou apenas uma mão, ignorando que eu havia esticado minhas duas. Abaixei a mão esquerda, e peguei na mão dele, ele me puxou com força me fazendo pular do chão e me chocar com seu corpo quente. - Oi? - Eu estou me sentindo uma idiota pela terceira vez.

- Como vai? - Ele sorriu e jogou a câmera na minha cara. - Sua chata!

- Me diga quanto eu te devo pra ser chamada de chata?

- Nada, você apenas é chata. - Ele ajeitou novamente sua roupa. - Vamos sair daqui. - Eu dei um passo e esperniei.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! - Alguns pássaros que estavam nas árvores voaram de um lado á outro, como se fossem morcegos. Eu os assustei. Justin me olhou assustado, como se por um momento, meu grito tivesse sido crime.

- O que foi? Por quê gritou?

- MEU TORNOZELO, EU ACHO QUE EU QUEBREI!

- Também não é pra tanto.

- JUSTIN... - Grudei na cola da camisa dele e apertei com força, ele me olhou com medo do que eu poderia fazer com ele na minha crise de raiva ameaçadora. - TÁ DOENDO E VOCÊ DEBOCHA?!

- Eu não tô debochando. - Ele riu de canto, aquilo e o cúmulo. - Tá, tá doendo muito?

- Olha pra minha cara. - Soltei a gola de sua camisa e apontei pra minha própria cara, ele analisou meu rosto por alguns estantes, seus olhos caramelo penetraram nos meus de uma forma diferente, o que acabou de me fazer gemer baixinho, talvez eu gemi pela dor. Ou... Não! Ele ainda me olhava, tenho medo de pensar no que ele está pensando enquanto me olha daquele jeito tarado.

- Tô olhando, e agora? - Franziu os lábios e sorriu em seguida. Vou matá-lo, isso tá sendo realmente preciso.

- Volta pro acampamento e pede ajuda. - Ordenei. - E não deixa eu pedir por favor, tem uma pessoa ferida nisso tudo!

- Quem é a pessoa ferida? Você? Porque, caso tenha perdido essa parte do filme, a burrice foi sua de cair lá de cima e me puxar feito uma anta!

- Isso, descarrega a raiva em cima de mim, eu só tirei uma misera foto sua de bico, você reagiu como se eu tivesse tirado uam foto sua nú!

- E, mais eu não gosto que tirem fotos minhas sem minha autorização!

- Era só uma foto besta.

- Uma foto besta, minha.

- Vamos ficar falando da foto agora? - Ele não me respondeu, apenas encarou a câmera em minhas mãos.

- Não, porque eu apaguei ela.

- Eu pedi que não apagasse. - Apertei a câmera contra meu busto, Justin torceu o canto da boca e respirou fundo.

- Não posso deixar você aqui sozinha.

- Preocupado comigo? - Sorri largo, mais sua cara de múmia fez meu sorriso morrer, meus lábios se uniram formando uma linha reta.

- Eu não sei chegar no acampamento, e se eu me perder no caminho? Como eu vou te achar depois?

- VOCÊ NÃO SABE COMO CHEGAR NO ACAMPAMENTO???!!!

- Foi o que eu acabei de dizer.

- VOCÊ E UM TAPADO MESMO!

- Obrigado pelo elogio, você também não é lá essas coisas. - Ele me olhou de cima á baixo repetidas vezes como se eu estivesse nua ou semi nua, encarei a câmera na busca de fugir desse seu olhar, tudo nele me irrita, tudo!

- Justin, estamos perdidos?

- Não. - Ele sorriu e encarou tudo ao nosso redor. - Carly, estamos perdidos?

- Você disse que não!

- E, mais o que você diria?

- Eu diria que estamos ferrados!

- Carly?

- Quíe?

- Estamos ferrados.

- CULPA SUA! - Joguei minha câmera na direção dele, mais ele aparou-a.

- Calminha ai, bravinha. - Ele sorriu e se aproximou de mim. - Vamos sair desse mato, ficar aqui não é legal. - Ele deu as costas pra mim. - Sobe ai.

- Nas suas costas?

- Não, no meu colo. Obvio que é nas minhas costas.

- Eu sou pesada, você mesmo disse.

- Carly quer ficar aqui? - Ele tava se irritando.

- Eu não vou subir nas suas costas. Prefiro ficar aqui. - Empinei meu nariz e joguei meus cabelos para trás.

- Marrenta! - Ele virou novamente para minha direção. - Mulheres, não entendo elas! - Ele se aproximou mais de mim e me puxou com força. - Não quer ir nas minhas costas, então vai no meu ombro. - Ele me jogou em seu ombro e começou a andar, eu comecei a me debater odiando ser carregada daquele jeito crítico. Comecei a estapear a bunda dele, e percebi naquele exato momento que a bunda dele ela durinha e boa de pegar. CARLY?

- ME PÕE NO CHÃO! - Gritava.

- Se não calar essa boca eu vou te largar aqui sozinha, e um urso mal e enorme vai vim tomar conta de você e desse seu corpinho. - Ele pronunciou a palavra "corpinho" com o tom de voz diferente. Eu diria sexy. Aquilo e completamente um castigo merecido que eu estava pagando.

- Tô enjoada! - Reclamei, tava sendo desconfortante ali, aonde eu estava naquela maldita posição.

- Grávida você não está, virgem do jeito que você é! - Belisquei a bunda dele. - Por que não belisca na frente? - Grunhiu.

- Para de falar que sou virgem. - Se eu estivesse olhando a cara dele agora, eu estaria desejando um buraco de tatu para me enfiar lá dentro de tanta vergonha.

- E daí? Você não é?

- Você já fodeu com quase todas as mulheres desse mundo mais nem por isso eu fico falando. - Senti o corpo dele tremer quando pronunciei a frase, fechei os olhos e me imaginei na chocolândia, ouvi ele bufar parecia entendiado.

- Vadias melhor dizendo. - Isso foi uma correção?

- Hm, Selena é uma? - Comecei a puxar conversa, já que minhas tentativas de sair do ombro dele, foram todas pra cucunhas.

- Sempre foi. - Parece loucura, mais com essa sua resposta eu acabei sorrindo, sei lá porque sorri, vai ver porque ele sabe que ele é uma vadia, pensei que eu ia ter que desenhar isso pra ele. - Por que essas perguntas?

- Curiosidade.

- Você e curiosa demais! - OH, olha só quem fala, o "não tô nem ai pra nada" do Justin.

- Valeu. - Respirei fundo. - Será que estamos mesmo perdidos?

- Você ainda tá duvindando?

- Tô. - Ele não me retrucou como eu esperava. - Tô pesada?

- Muito.

- Na próxima vez eu te carrego. - Ri, não vai ter porra nenhuma de próxima vez.

Fiquei fazendo careta, encarando os rastros que ele estava deixando com sua pegada, ele andava devagar eu estava muito pesada mesmo. Senti sua mão direita pousar na minha bunda, arregalei os olhos eu queria ver a cara dele pra ver como ele está, com qual feição, comecei a cantarolar tentando afastar os pensamentos eróticos que reinaram em minha mente inocente. Eu nem sabia o que eu estava cantarolando, vai ver eu estava desligada totalmente do mundo que nem dei por mim que ele havia parado de andar.

- Paramos por quê? - Curiosa, oi?

- Tem um rio ali na frente. - Afirmou ele, sua mão na minha bunda tava me constrangendo. Ele voltou a andar.

- Legal, hm, pode tirar a mão daí?

- Daí onde?

- DA MINHA TRASEIRA!

- Qual o problema de minha mão permanecer aqui?

- Todos os problemas do mundo. Tira essa pata daí ou você vai ficar sem ela.

- Eu não sou boi, ou touro ou algo do gênero. - Ele tirou a mão de lá e rangiu os dentes de certo, em protesto. - Sua vaca!

- Vaca eu? - Queria bater nele. - E você? Burro! - Ele me jogou no chão rapidamente, e caiu em cima de mim, senti minha garganta travar de uma forma única.

- Quer ver o que esse burro sabe fazer? - Perguntou safado, estava sendo agredida violentamente pela mente dele, engoli em seco e sorri.

- Não, obrigada. - Arfei.

- Ah Carly, estamos sozinhos aqui. - Ele subiu um pouco minha blusa. - Você é mulher, e eu sou homem e homens e mulheres transam!

- E quem te garante que eu sou mulher? Eu posso ser um traveco e você não sabe.

- Bom, tem um jeito de descobrir. - Ele olhou para o zíper do meu short e eu bati com força na sua cara, ele se levantou com a mão no local e me encarou incrédulo. - CARLY O QUE DEU EM VOCÊ?

- AAAH NADA! E EM VOCÊ? - Gritei com o mesmo tom.

- Em mim nada, e em você?

- Me pede desculpas. - Sim, eu estava mandando ele se desculpar.

- Pedir desculpas pelo quê? Sendo que eu nem ti fiz nada!

- Você ia me estrupar. Pede desculpas por isso.

- Te estrupar não está em meus planos. - Ele ofegou. - E nunca vão estar.

- Não? - Estava quase me convencendo.

- Eu não vou te estrupar tira isso dessa sua cachola de cabeça, eu não teria o descaramento de fazer algo que você não queira.

- Sério?

- Tá duvidando ainda? - Ele me encarou. - Vou dar um mergulho naquele rio, e o melhor do que ficar aqui vendo você e ouvindo suas babozeiras idiotas! - Ele passou por mim disparadamente e seguiu para o rio.

- NÃO ME DEIXA AQUI SOZINHA SEU... - Soquei a terra. - Justin. - Completei calma após suspirar. Cruzei os braços e fiquei ali encarando a mata, eu estava com medo, vai que alguém aparece aqui e me seqüestra? Ou um animal me engole? O que pode ser facilmente fácil já que sou pequena, a agilidade que o animal vai ter de me engolir vai ser invejável.

Comecei a desenhar naquela terra dura, meu tornozelo ainda doia, eu vou jogar todo o peso da culpa em cima de Justin quando sairmos daqui isso ele pode ter certeza. Ouvi passos atrás de mim, olhei por cima do ombro e vi ele se aproximando sem camisa, tentação reinando! Ele estava me olhando com uma cara tão feia que pressenti que ele iria me bater ali, ele se sentou de frente pra mim e ficou ainda me encarando, eu desviei meu olhar dele e trinquei os dentes, preferi ver as formigas trabalharem do que olhar pra cara feia dele.

- Tá com sede? - Ele perguntou rouco. Não respondi, decidi ignorá-lo. - Carly? - Fingi que estava sozinha ali, não quero brigar de novo com ele. - Eu te carreguei até aqui, mereço um pouco de atenção por isso não acha?

- Você não merece nem ter esse corpo definido que você tem. - Acabei deixando escapolir, percebi que ele sorriu com meu comentário.

- Tá com raiva de mim Fiona?

- Não. - Menti. - E se me chamar de Fiona de novo, eu serei obrigada a ter fazer mulher.

- E como você vai me fazer mulher? - Ele se aproximou de mim, engatinhando pela terra, após parar de frente pra mim, nossos olhares se encontraram e aquele treco estranho aconteceu de novo.

- Vou cortar suas bolas! - Falei simplesmente.

- Vem cá cortar. Más corte nos dentes. - Comecei a rir, ele arqueou uma sobrancelha. - Agora eu virei palhaço?

- Você e engraçado. - Declarei.

- Isso aqui é ser engraçado? - Ele subiu em cima de mim e começou a me provocar cócegas, eu comecei a gritar, se é que era possível gritar entre os risos, afinal, e possível sim. Eu estava surtando, ele parou as cócegas e me olhou sério, paramos de rir e eu lembrei que eu tava com raiva dele.

- Afaste-se. - Falei que nem uma policial, ele saiu de cima de mim um pouco sem graça.

- Consegue levantar? - Perguntou preocupado com o meu tornozelo.

- Sim. - Falei, mais eu não tinha certeza. Respirei fundo ganhando coragem e me coloquei de pé, meu tornozelo não estava doendo, talvez era só eu e meus dramas mesmo.

- E, ele não quebrou. - Disse ele sorrindo. Olhei pra ele e pensei por um estante, se estamos perdidos, eu deveria me unir com ele é esquecer suas safadesas, quando agente sair daqui eu me vingo dele. Sorri de canto.

- Cadê o rio? - Perguntei. - Quero me lavar.

- Achei que você só banhava no sábado. - Coretou ele da minha cara.

- Engraçado, eu pensei que era você. - Ele riu e puxou meu braço me guiando para o rio. - Vai devagar ai Ken, meu tornozelo não está um mar de rosas.

- Me chama de Ken de novo e eu te arrombo aqui mesmo. - Senti meu corpo tremer por dentro, eu ouvi mesmo aquilo?

Chegamos á beira do rio, ele colocou minha câmera em cima de uma pedra para evitar ela de ser molhada, encarei aquele rio por alguns segundos, a água parecia fria, mais eu estava com um pouco de calor. Me aproximei da beira e coloquei apenas o dedo do pé esquerdo lá dentro, para ver a temperatura da água mais do que adiantou se Justin me empurrou lá dentro?

Fingi que eu estava me afogando para me vingar dessa criancisse que ele fez, ouvi um barulho de um "cabum" na água, e depois alguém me puxar como se eu fosse um trapo velho, Justin parecia desesperado, eu queria rir mais estava dentro d'água o que não ajudou na tentiva. Firmei meus pés na parte raza do rio e gemi baixo por causa do meu tornozelo, quando recuperei o ar, encarei Justin aflito em minha frente.

- Tudo bem contigo Carly? Te machuquei? - Isso e o pedido de desculpas dele? Que original!

- Eu tô bem. - Joguei água na cara dele rindo diabolicamente. - E você, tá bem?

- Entrou água dentro do meu olho direito sua puta! - Reclamou ele coçando seu olho.

- PUTA E QUEM DEU PRA VOCÊ! - Comecei a jogar água nele, senti meus braços umas eternas máquinas de destruição, ele se aproximou de mim com a cabeça baixa para evitar que eu jogasse água no seu olho esquerdo, quando ele estava próximo ao máximo de mim, grudou suas mãos por volta da minha cintura e me puxou á ele, colando nossos corpos imediatamente.

- Molhada. - Sussurrou com a voz sexy, sua boca estava encostada no meu ouvido, meus dentes começaram a bater devido ao frio. Seria mesmo o frio?

- Você também tá molhado. - Sussurrei com uma pontada de medo, pela forma que nossos corpos estavam, ninguém nunca teve uma aproximidade dessa comigo.

- Não do mesmo modo que você está. - Ele riu, e mordeu o lóbulo de minha orelha. - O seu jeito e muito mais interessante.

- Ah... - Tentei me soltar dele mais quanto mais eu tentava mais ele colava nossos corpos, acabei sentindo algo duro encostar na minha intimidade e ganhei o desespero que eu já não tinha, mas reinou novamente em mim. Entendendo melhor a situação, ele estava duro, ou seja o Jerry estava duro, ou seja ele estava excitado, ou seja eu quero sair dos braços dele, ASAS SAIAM! - Me solta. - Supliquei baixinho, ele me olhou nos olhos por alguns segundos.

- Não. - Afirmou sério. - Você não quer que eu faça isso.

- Você não sabe de nada! Me solta Justin! - Sinto inveja dos pássaros agora.

- Ah qual é Carly? Vai me desapontar?

- Te desapontar por que? O que eu fiz?

- Isso. - Ele olhou para baixo, eu segui seu olhar e encarei o volume formado em sua calça.

- Não tenho culpa se o "Jerry" e assim tão encabulado da vida. - Empurrei Justin dentro do rio e sai correndo, praticamente mancando, não estou nem um pouco á fim de ficar com ele ali, peguei minha câmera de cima da pedra e encarei ele saindo furioso de dentro do rio, eu vou morrer hoje Jesus!

- CARLY ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI?

- FICAR LONGE AO MÁXIMO DE VOCÊ! - Dei as costas para ele e comecei a correr.

- NÃO PODEMOS NOS SEPARAR, TEMOS QUE FICAR JUNTOS!

- ACONTECE QUE VOCÊ NÃO MANDA EM MIM!

- CARLY VOLTA AQUI AGORA!

- TARADO!

- CARLY!

- FODA-SE!

- CARLYYYYYYYYYYYYY!

Parei de retrucá-lo, comecei a adentrar aquela floresta mais ainda, eu posso ser inteligente ao ponto de achar a bosta do acampamento e a primeira coisa que eu vou fazer quando achá-lo e ir embora daqui e pedir conselhos pro Floide. Continuei andando alegre da vida quando sou puxada por um braço do mal e sendo imprensada numa árvore.

- Nunca mais faça isso! - Reclamou Justin.

- Seu safado.

- Sou mesmo, e você também!

- Eu?

- Ha, eu conheço um corpo de uma mulher quando ela implora pelo meu. - Desviei o olhar. - Vamos andando. E não ouse sair correndo de novo. - Ele sorriu debochando e puxou meu braço.

[...]

- EU NÃO AGUENTO MAIS! - Gritei pela quinta vez, Justin cruzou os braços.

- Já são 6 horas. - Reclamou ele olhando/encarando seu relógio.

- Nem sinal do camp. - Murmurei encarando uma chalana velha.

- Tchau Carly, vou dormir ali hoje. - Ele bateu em meu ombro e seguiu para a chalana pela qual eu olhava, fiquei ali olhando ele se afastar.

- TCHAU! - Gritei brava. - BONS SONHOS TARADO! - Ele ergueu o dedo do meio ao entrar dentro da chalana, ei fiquei ali, com medo dos barulhos misteriosos que eu ouvia da mata. Chutei uma pedra e segui para a chalana, abri a porta e entrei, e dei de cara com o Justin e um facão na mão. - AH ME DESCULPA JUSTIN, NÃO ME MATE, PENSE NOS MEUS FILHOS!

- Filhos? - Ele sorriu. - Você não tem filhos.

- Não tenho ainda.

- Ok. - Ele continuava rindo. - Vai passar a noite aqui comigo? - Ele jogou o facão em um canto da chalana.

- Vou passar a noite aqui na chalana, não com você. - Corrigi-o.

- Pena. - Ele se jogou no chão. - Falta de uma cama.

- Se tivesse uma cama aqui, e obvio que você dormiria no chão.

- Ah, cala a boca!

- Vem... - Calei-me, antes de completar a frase.

- Me chamou?

- Não!

Demos de ombros, a noite foi surgindo rapidamente, caindo feito um raio no ar, estava odiando passar o tempo com o Ken, queria está lá do acampamento fazendo de algo maneiro pregando peças em alguém, trollar a Demi com o Joe, como rasgar a barraca deles por exemplo. Será que eles ao menos percebeu que sumimos? Afinal, que eu sumi? Eu sou o brilho dali.

- O que tá fazendo ai na janela? - Perguntou Justin curioso.

- Vendo as estrelas. - E era isso que eu estava fazendo. - Na cidade grande não dá pra reparar muito por causa das luzes.

- Na rua da sua casa não dá pra reparar por causa da fumaça de cigarro de maconha dos seus adoráveis vizinhos.

- Justin! - Quase gritei.

- Quíe? Tô mentindo?

- Vai dormir!

- Tô com frio.

- Tadinho!

- Você não?

- Tô mais isso não é o de menos. Eu quero ir embora.

- Então somos dois.

Olhei pra ele por cima do ombro, revirei os olhos e caminhei até ele e sentei-me do seu lado, apoiei minha cabeça em seu ombro, comecei a brincar com os meus dedos.

- Você e sua incapacidade de me pedir desculpas. - Sussurrei.

- Carly?

- O que?

- Desculpas. - Sorri sem vontade.

- Tá. - Ficamos em silêncio. - Conta ai como foi sua primeira vez.

- Pra quê?

- Sei lá, quero rir um pouco. - Ele bufou.

- Foi na escola, eu tinha 16 anos.

- Experiente no assunto?

- Quer comprovar se sou?

- Não. - Bati meus dentes de frio, e senti ele envolver os braços na minha cintura e puxar-me mais á ele, meu corpo começou a se esquentar loucamente com o seu. Toquei em seu peitoral e arranhei com as unhas sem querer.

- Sabia que seu corpo e muito escroto?

- O que você quer dizer com isso?

- Branco demais! - Justificou. - Eu adoro isso.

- Isso e alguma espécie de elogio?

- E.

- Não funcionou. - Gargalhei por um tempo, ele olhou pra mim e prendeu seus olhos no meu, e pela terceira vez senti aquela sensação estúpida de antes.

- O que eu tenho que fazer pra te provar que não sou tão safado assim?

- Virar mulher.

- CARLY?

- Oi?

- Estou tentando levar um papo numa boa contigo. - Ele falava olhando diretamente para minha boca. - Tá difícil.

- Desculpa. - Eu me supreendi. - Você sempre se acha o certinho de tudo.

- Não tenho culpa se as mulheres são tão gostosas. - Ele soltou na lata e mordeu os lábios.

- Nem todas. - Lembrei das minhas tias feias. - 99%.

- Você faz parte dos 99%. - Ele me puxou para cima dele, obrigando-me a sentar em seu colo, de frente pro mesmo, tremi no mesmo estante. - Sim Carly você é gostosa.

- Você enxerga a "gostosura" com uma lupa?

- Não com os olhos mesmos. - Ele ainda olhava meus lábios. - Está aquecida?

- Sim. Valeu ai foguinho. - Ri.

- Sim, eu sou um fogo. - Falou com aquela voz sexy de novo. - É, com licença, como gostaria de perder sua virgindade?

- Eu não pensei nisso. - Corei.

- Tá na hora sabia? - Não respondi. - Você cora por tudo mesmo! - Bati no braço dele. - Carly?

- O que é agora?

- Seus lábios estão roxos quer que eu os esquente também? - Não respondi, aquilo tava sento taração demais por meu gosto. Ele levou as mãos para minha bunda e apertou-a, me puxou mais para ele fazendo nossas intimidades se chocarem, ele estava duro de novo! Oh isso não é bom. - Você quer que eu esquente seus lábios Carly? - Seu olhar estava me condenando.

- Sim. - Respondi, desculpa gente mais é por uma boa causa, meus lábios estão penando por quintura. Ele sorriu safado com minha resposta e eu quis voltar atrás.

- Não é somente eles que eu vou esquentar. - Ele levou sua mão para minha nuca e me puxou mais para ele, colou nossos lábios e me beijou, mordeu meu lábio inferior calmamente, gemi baixinho ao perceber onde ele me tocava. Apertei seus cabelos enquanto nos beijávamos.

NÃO É SOMENTE MEUS LÁBIOS QUE ELE VAI ESQUENTAR???

Tentei sair de cima desse tarado, mais ele firmou as mãos em minhas coxas impedindo, olhei pra ele incrédula e ele sorriu.

- Nem vem Carly, foi você mesma que disse "sim". E não vai fugir agora!

- Justin...?

- Não vai fugir! - Disse autoritário.

- Justin por favor!

- E a segunda vez que você me excita hoje, algo tem que rolar fia. - Ele me beijou novamente. Ele disse que me estrupar não estava em seus planos, mais eu acho que agora estão!!!

TÔ PERDIDA COM UM TARADO... Maldito corpo esse meu que deseja tanto assim o dele...






Bom galera tem um tempinho que eu to sem postar, é que eu tava sem temp, mais em compensção postei varios capitulos heheheh.

so postarei agora se tiver 6 comentarios xoxo

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